Mãe condenada a mais de 40 anos de prisão por matar o filho de 1 ano nega ter agredido bebê

  • 25/07/2025
(Foto: Reprodução)
Pedro Benjamin Gonçalves de Mello, de 1 ano e 9 meses, que morreu após ser levado ao hospital com fraturas e sinais de agressão, em Goiânia, Goiás Reprodução/TV Anhanguera A mãe que foi condenada a mais de 40 anos de prisão por matar o filho de 1 ano nega ter agredido bebê. Segundo a defesa da acusada, ela não teve participação no crime que levou à morte de Pedro Benjamim, de 1 ano e 9 meses, em Goiânia. Condenada por homicídio qualificado por meio cruel, a mãe alega que quem agrediu a criança foi o pai, que também responde pelo crime. De acordo com a defesa do pai de Pedro Benjamim, o acusado nega qualquer agressão e repudia veementemente a acusação. O advogado também informou em nota que “todas as testemunhas ouvidas confirmaram que ele não participou do crime” (leia a nota na íntegra ao fim do texto). Pedro Benjamim Gonçalves de Mello morreu após chegar ao hospital com fraturas e sinais de agressão em 14 de dezembro de 2024. O menino foi levado ao Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) pelos pais, que foram questionados pela polícia chamada pela equipe médica. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp Segundo a sentença da mãe, ela alega não ter cometido o crime. Em entrevista ao g1, a defesa da mulher ainda disse que o pai da criança teria dito a ela que as marcas no bebê apareceram depois que um armário havia caído em cima dele. "À época, ela não tinha certeza se esse episódio aconteceu mesmo, ou se foi uma desculpa dele para justificar os hematomas", relatou o advogado. Questionada, a defesa do pai alegou que ele nega as acusações e que uma testemunha ouvida teria apontado claramente quem foi a autora das agressões e que a participação da mãe foi "comprovada perante o ilustre juiz de direito". O advogado disse ainda que a versão do armário dita pelo pai na delegacia foi o que a mãe lhe contou quando foi questionada por ele. "Importante destacar que todas as testemunhas ouvidas confirmaram que ele não participou do crime, inclusive uma pessoa que presenciou o fato apontou com clareza quem foi a autora da agressão, e isso já está devidamente reconhecido nos autos pela Justiça", diz a nota da defesa do pai de Pedro. A defesa da mãe informou ainda que está recorrendo da decisão do juiz. Segundo o Ministério Público, a Justiça também determinou que o pai seja julgado pelo júri, mas a defesa apresentou recurso que ainda aguarda julgamento pelo Tribunal de Justiça de Goiás. De acordo com a defesa do pai, o recurso foi pedido porque "não restou provado a participação do acusado e acreditando no sensu de justiça com base nas provas que foram produzidas, acredita que ele não deve ser submetido a julgamento popular". Mãe e pai seguem presos preventivamente. LEIA TAMBÉM: CONDENAÇÃO: Mãe é condenada a mais de 40 anos de prisão por matar filho de 1 ano em Goiânia LAUDO: Veja as lesões sofridas pelo bebê que morreu após ser levado ao hospital com fraturas e sinais de agressão PAIS INDICIADOS: Pai e mãe são indiciados por morte de bebê levado ao hospital com fraturas e sinais de agressão Entenda o caso O pequeno Pedro foi levado pela mãe até uma unidade de saúde com roxos no corpo poucos dias antes da morte, segundo a Polícia Científica. Conforme informações apuradas na época pela polícia, a mãe alegou que o filho estava doente, mas o laudo negou a versão e mostrou que o bebê tinha diversas lesões no corpo. Após uma suspeita de maus-tratos e da realização de perícia, o Conselho Tutelar disse à TV Anhanguera que passou a guarda da criança para a avó e denunciou o caso à Polícia Civil, mas o menino acabou voltando para os cuidados do pais. No dia 14 dezembro, o pai deu entrada no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) com o bebê desacordado. Segundo a equipe, Pedro estava com fraturas e sinais de agressões quando teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. A polícia foi chamada e o pai do bebê foi preso suspeito de causar os ferimentos. Segundo o delegado, a mãe da criança também foi presa posteriormente, mas foi solta porque o juiz não considerou que a prisão dela havia sido feita em flagrante. Lesões O corpo de Pedro Benjamim foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização da perícia. Na época, a polícia disse que o pai alegou que um armário havia caído em cima da criança e que a mãe também havia dito que as marcas eram resultado de um acidente doméstico. Entretanto, a versão do acidente foi contestada pelo delegado Rilmo Braga, da Central de Flagrantes, usando o laudo pericial que apontou “politraumatismo com sinais de maus tratos". Atualmente, ambos os pais dizem que o outro deu a versão do armário. Bebê que morreu com fraturas e sinais de agressão tinha até laceração no fígado, diz laudo De acordo com a Polícia Científica, o laudo mostrou que a criança estava com apresentava laceração no fígado, hematomas na cabeça, pescoço, tórax, abdômen, ombro, braço, virilha, coxa e outros (veja o vídeo acima). O exame mostra também que Pedro Benjamin teve hematomas que atingiram a região entre o couro cabeludo e os ossos do crânio, além de um edema cerebral difuso, ou seja, um inchaço no tecido cerebral. O relatório médico mostra ainda que o menino estava com lesões no pulmão. Pai e mãe foram indiciados pela Polícia Civil no início deste ano. Condenação Na sentença de condenação da mãe consta que a mulher foi submetida ao Tribunal do Júri e que a promotoria pediu a condenação da acusada por homicídio qualificado por meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo o documento, a defesa pedia a absolvição da mãe pela negativa de autoria, ou seja, negando que ela cometeu o crime. Além disso, pediu também a desclassificação como crime doloso contra a vida e a retirada das qualificadoras. "O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade das lesões sofridas pela vítima e sua consequente letalidade, atribuindo a ré a autoria do crime [...], que a ré quis o resultado morte ou assumiu o risco de produzir o resultado morte", diz a sentença. Para calcular os agravantes, foram considerados os seguintes critérios: Reconhecimento do meio cruel Crime praticado contra menor de 14 anos Cometido por ascendente (como pais e avós) Levando em conta todas as considerações, a ré foi condenada a 41 anos, 3 meses e 21 dias de reclusão, cumpridos incialmente em regime fechado. A defesa informou que está recorrendo da decisão. Nota atualizada da defesa do pai O advogado de defesa esclarece que o pai da criança não teve qualquer participação na morte da criança, nem direta nem indireta. Desde o início, ele nega qualquer agressão e repudia veementemente a acusação. Importante destacar que todas as testemunhas ouvidas confirmaram que ele não participou do crime, inclusive uma pessoa que presenciou o fato apontou com clareza quem foi a autora da agressão, e isso já está devidamente reconhecido nos autos pela Justiça. A posição da defesa é clara: ele não praticou, não participou e não encobriu o crime. Ele acredita na Justiça e confia que, ao final, sua inocência será plenamente reconhecida. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/07/25/mae-condenada-por-matar-o-filho-de-1-ano-nega-ter-agredido-bebe.ghtml


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